MEIO AMBIENTE

< MEIO AMBIENTE >

Meio ambiente é o conjunto de condições, leis, influências e infra-estrutura de ordem física, química e biológica, que permitem abrigar e reger a vida em todas as suas formas.
  As diferentes formas de vida encontradas no meio ambiente apresentam-se distribuídas na biodiversidade que pode ser definida como: “... a variedade dos organismos considerada em todos os níveis, desde variações genéticas em uma mesma espécie até a sua organização em gêneros, famílias e outros níveis mais complexos de interação ecológica, tais como a variação entre os ecossistemas, envolvendo tanto as comunidades de espécies que existem em um dado habitat quanto às condições físicas nas quais elas vivem” (Gaston 1997).
  A natureza oferece ao homem uma série de recursos que servem para preservar e facilitar sua vida. A água, o solo, o ar, o sol, os animais, as plantas e os minerais são recursos naturais. Eles são indispensáveis para a sobrevivência de todos os seres vivos. Mas nem sempre o homem sabe apreciá-los adequadamente.
  A destruição dos cômoros (dunas) que está ocorrendo em nosso município é uma demonstração do desconhecimento do uso racional da natureza, atuando para o desequilíbrio ecológico.
  O desmatamento e a poluição do ar, da água e do solo vêm causando muitos problemas ecológicos para o mundo todo, inclusive para o nosso município. O desmatamento prejudica o ambiente e destrói o “habitat” de muitos animais que fogem ou morrem, trazendo com isso, graves conseqüências: erosão e empobrecimento dos solos, assoreamento dos arroios e das lagoas, diminuição da fauna e da flora.
  Nossa flora deve ser conservada com o reflorestamento, que é o plantio de novos vegetais no lugar dos que foram derrubados ou destruídos. A nossa fauna deve ser protegida, evitando-se a caça e a pesca sem controle em épocas de reprodução.
  Muitas espécies de animais estão desaparecendo, porque não se respeitam às leis de caça e pesca. Para a proteção dos animais e dos vegetais, o Governo Federal delimitou certas áreas chamadas de reservas e parques nacionais. No vizinho município de Tavares encontra-se o Parque Nacional da Lagoa do Peixe que serve de abrigo para as aves migratórias.
  O ar poluído é um grave problema para todos nós. A poluição do ar ocorre, principalmente, pela fumaça eliminada pelas fábricas, pelos gases nocivos que saem pelo escapamento dos veículos, pela poeira e pelo mau uso dos agrotóxicos.
Para evitar que isso aconteça, é necessário colocar nas chaminés das fábricas e nos veículos filtros que diminuem a saída de gases para a atmosfera e realizar o plantio de árvores que purifiquem o ar.
  A poluição da água também é um grave problema para os seres vivos, pois contém sujeira como produtos químicos, fezes, urinas, detergentes, agrotóxicos que mata animais e plantas e prejudica nossa saúde. Essa sujeira mistura-se com a água do mar, dos arroios, das lagoas e laguna, matando peixes e outros animais aquáticos, destruindo a vegetação e as plantações que estão as suas margens, tornando a água imprópria para se beber e para tomar banho.
  Se não jogarmos lixo, fezes e urina no mar, arroios, lagos e represas, se tratarmos os detritos que são lançados pelos esgotos na água, se construirmos fossas ou privadas higiênicas nos lugares onde não há rede de esgoto, se usamos produtos biodegradáveis, se a limpeza do maquinário utilizado na aplicação dos defensivos agrícolas não for feita em água corrente e/ou locais acessíveis aos animais, estarão combatendo a poluição e a contaminação da água.
Para despoluir, isto é, retirar sujeira das águas, está sendo usado à planta “aguapé”.
  O solo deve ser tratado e conservado, porque nele crescem vegetais úteis à nossa alimentação e á de outros animais.
Jogar lixo nas ruas ou terrenos baldios é uma forma de poluir o solo e de ajudar o desenvolvimento de micróbios e vermes transmissores de doenças.
  O uso de agrotóxicos também polui o solo, que vão se acumulando e acabam deixando a terra sem condições de ser cultivada novamente. Os defensivos agrícolas também podem contaminar as plantações de onde é extraída grande parte de nossa alimentação, podendo causar sérios prejuízos à nossa saúde. Para uma boa cultura é necessário um solo fértil. Não se recupera sua fertilidade através do adubo químico, pois está é momentânea e passageira. A verdadeira recuperação do solo só será feita através do adubo orgânico (esterco, restos de animais). Esta recuperação, sim, será permanente. E, então, se acrescentarmos também adubo químico como complemento de adubação, obteremos uma ótima produção.
  Podemos proteger o solo, impedindo as queimadas que destroem o humo, empobrecem-no e mata animais e plantas úteis, a erosão que desgasta e empobrece. A erosão pode ser combatida, evitando-se a derrubada de árvores, plantando-se vegetais que, com suas raízes, seguram a terra e usando-se técnicas corretas de plantio.
  Além disso, devemos separar o lixo orgânico do inorgânico. O lixo orgânico quando enterrado, torna-se um ótimo adubo natural; o inorgânico, nos locais onde não há coleta, também deve ser enterrado.
  Os minerais devem ser explorados com controle e usados adequadamente, porque são recursos naturais que não se renovam e as reservas podem se esgotar. Hoje não podemos esperar outra reação da natureza a não ser que ela vá desaparecendo aos poucos.
  A economia do nosso município é baseada na agricultura. Tendo em vista essa realidade, salientamos que os agrotóxicos, além de serem agentes poluidores do ar, da água e do solo, podem também, prejudicar a agricultura, pois são tóxicos. Por isso, é necessário tomar cuidados especiais para evitar a intoxicação das pessoas, dos animais e a poluição da natureza.
  As intoxicações acontecem, porque o agrotóxico penetra em nosso organismo, através da pele, do nariz, da boca e dos olhos, bem como pelos cortes e pelos ferimentos do corpo.
  Todo o envenenamento por defensivo agrícola possui uma ou mais causas, que podem ocorrer por falta de segurança e/ou pela maneira inadequada de utilizá-lo. A falta de segurança é uma fonte constante de riscos de toxidez. A utilização de equipamentos defeituosos, com vazamentos, ou ventos fortes, durante a aplicação, são exemplos disso. A maneira inadequada é forma errada de empregá-lo, não obedecendo às regras básicas de segurança, principalmente, quando não são usados os equipamentos de proteção recomendados. O uso de equipamentos de proteção individual (capa, macacão, luvas, chapéu, botas, óculos e máscara) muito ajudará a evitar intoxicações.
  Nunca se trabalha sozinho ao aplicar agrotóxico, pois, no caso de intoxicação, fica mais difícil buscar o socorro imediato.
Muitas vezes a causa da intoxicação está na falta de um local apropriado para armazenar os agrotóxicos. Isso pode causar a contaminação de alimentos, rações, por se o veneno guardado junto a produtos alimentícios. Portanto, o agricultor deve ter um local, de preferência um depósito, exclusivamente para tal fim.
  Antes de tudo, é preciso consultar um Engenheiro Agrônomo, discutir o problema da plantação e, se for necessário, o uso de defensivos agrícolas, ele fornecerá um receituário agrônomo.
Com nossa preocupação, podemos evitar doenças graves, irreversíveis que causam inclusive, a morte.
  Todos são responsáveis pela proteção, conservação e limpeza do meio ambiente.